Contundente
Minha opinião é que o Corinthians cobre o peito com lençol curto ao mesmo tempo que descobre a perna, quando contratou técnicos mais ou menos como VP por exemplo qual o time que estava a disposição? VP vivia reclamando e com razão que precisava de reforços, a diretoria não atendeu, VP reclamou que precisava renovar o elenco e dispensar medalhões, a diretoria não aceitou, Carille e Thiago Nunes foram a mesma coisa (PS: não estou pedindo nenhum desses técnicos de volta). Em resumo não adianta trazer um técnico bom (que obviamente vai custar mais caro) se não entregar material humano para o cara trabalhar, e não adianta contratar jogador caro nessa pindaíba que o clube está porque não vai ter condições de manter o jogador. Em resumo, a gente tá num mato sem cachorro.
em Bate-Papo da Torcida > (longo texto) Um dos erros mais gritantes. A torcida sempre esteve...
Em resposta ao tópico:
Via de regra o torcedor é passional e se depender dele, troca o técnico depois de 2 ou 3 derrotas seguidas, poe jogador pra treinar separado etc.
No entanto o que estamos vendo no Corinthians de 2018 pra cá, provavelmente servirá de estudo de caso para gerações futuras. Um time que passou quase uma década ganhando quase tudo o que era possível ou chegando muito perto (2009 - 2017) praticamente se implodiu.
Talvez a gente ainda não saiba a real 'causa' do que fez o Corinthians sair de um patamar tão vitorioso para um time colecionando vexames em cima de vexames nos últimos anos. Erros da diretoria? Certamente houveram vários. Jogadores? Idem... Mas um erro chama muito a atenção:
Olha a lista dos técnicos de 2018 pra cá:
Osmar Loss - 42% de aproveitamento, 22 jogos
Jair Ventura - 32% de aproveitamento, 19 jogos
Carille - 51% de aproveitamento, 69 jogos
Tiago Nunes - 47% de aproveitamento, 26 jogos
Mancini - 54% de aproveitamento, 45 jogos
Sylvinho - 48% de aproveitamento, 43 jogos
VP - 52% de aproveitamento, 64 jogos
Lazaro - 56% de aproveitamento, 17 jogos
cuca - 50% de aproveitamento, 2 jogos
Luxa - 48% de aproveitamento, 38 jogos
Mano - 38% de aproveitamento, 20 jogos
Antonio - em andamento
Podemos tirar algumas observações interessantes dessa lista, e elas vão muito de encontro ao que nós, torcedores, pensamos que seja o certo: tirando VP, Mancini e Carille, todo o resto não conseguiu aproveitamento acima de 50% dos jogos disputados. Ou seja, mais empates e derrotas do que vitórias. E a torcida sempre soube que os demais técnicos dessa lista eram apostas. ('ah mas o Lazaro teve o maior aproveitamento de todos'- sim, jogando só o Paulistão).
Os técnicos com baixo aproveitamento tiveram uma média de 26 jogos disputados. 26 FUCKIN JOGOS! É praticamente 1/3 de uma temporada de sucesso.
A pressão da marca Corinthians urge treinadores que, além de saberem onde estão pisando, tenham ao menos um bom histórico competitivo, e seria de se esperar que contratasse apenas treinadores já vitoriosos, que tenham títulos de expressão e etc.
O problema é que o Corinthians sempre fez as análises de maneira muito errada:
- Quis testar técnicos com pouca expressão ou incógnitas (Loss, Lazaro, Sylvinho, Jair Ventura, Antonio), sem que os mesmos tivessem uma carreira consolidada COM títulos por outros grandes antes)
- Quis técnicos experientes já na reta descendente (Luxa, Mano)
O Corinthians não quis investir em bons técnicos, sabe-se lá por qual motivo. O ÚNICO em que foi feito um investimento alto foi o que chegou mais perto de uma dita 'normalidade': fechando uma temporada completa, 4o lugar no Brasileiro e uma final de CDB.
A verdade é que o 'case Abel Ferreira' fez muito mal ao futebol Brasileiro no geral. Agora todos os times querem achar um novo Abel, e a verdade (a minha verdade e ninguém ainda me convenceu do contrário) é de que o Palmeiras teve muita sorte. Foi um chute muito bem dado. Duvido que os dirigentes de lá tinham um dossiê de como Abel jogava, o que ele poderia agregar e etc. E hoje todos os times atiram pra todos os lados tentando o mesmo.
Na minha visão (e isso ficou claro com Vitor Pereira e Carille), o Corinthians precisa de um técnico renomado com currículos na carreira, mas sem estar na reta descendente próximo à aposentadoria. Outros times, com uma torcida com diferente nível de exigência, podem se dar ao luxo de testar treinadores jovens ou promissores. Aqui isso não se cria.
Quem seria esse técnico? Hoje não tem ninguém. Pelo menos na minha opinião. Quem tem está bem empregado.
A única coisa que acho que a torcida ainda não entendeu: técnico nenhum vai chegar batendo o pé na porta, tirando Cássio, Fagner e mais da metade do time por pressão populista. Eles não funcionam assim, por mais que a gente queira. Então, a não ser que esses jogadores continuem falhando continuamente, não veremos uma mudança assim tão cedo.
Tempos sombrios nos aguardam...
